Saiba quais as espessuras, em quais ambientes aplicar, onde comprar e os preços
O ZAP em Casa recebeu muitas dúvidas dos leitores sobre o piso de vinílico após a publicação da reportagem “Veja dicas para a instalação do piso vinílico”e foi atrás das respostas com a ajuda da arquiteta Daniela Penna.
Para esclarecer, piso vinílico e PVC descrevem o mesmo material: piso composto de PVC, minerais e aditivos, que pode vir em mantas, em placas ou réguas. É um piso leve, aplicado de preferência sobre contrapiso liso, normalmente com cola específica. O piso vinílico tem algumas vantagens: em geral tem preço acessível, a aplicação é fácil e rápida, e, por ser razoavelmente flexível, resiste bem a impactos e reduz o barulho no ambiente.
Segundo a arquiteta, eles são uma boa alternativa aos antigos pisos laminados, que causavam um ruído “oco”, sobretudo para quem anda de salto ou tem crianças e cachorros em casa. “Além disso, ele costuma ser de fácil limpeza, e, dependendo da textura, pode ser antiderrapante, mas não o suficiente para áreas molhadas, que exigem uma textura mais irregular”, afirma. “E também não é um material orgânico que pode ser atacado por cupins”.
Quais as espessuras do piso vinílico?
A espessura do piso pode variar entre 2mm e 5mm, o que influencia muito no preço e na resistência do material. “Em geral os de 2mm e 3mm são indicados para uso residencial e o de 5mm para áreas comerciais e de maior circulação”, afirma Daniela. “Dependendo da espessura e composição ele pode ficar levemente marcado por saltos e objetos pontiagudos, por isso é essencial verificar a especificação do fabricante antes de comprar”. As informações podem ser obtidas nos sites dos fabricantes ou na embalagem do produto.
Onde aplicar?
Podem ser aplicados em áreas internas e “secas”, como salas, quartos, e até mesmo cozinhas e lavabos, desde que esses ambientes não sejam lavados. Não são recomendados para banheiros, áreas de serviço e terraços, onde a água pode descolar o piso. “Como o vinílico é uma manta flexível, ele tende a ‘fotografar’ a superfície abaixo dele, ou seja, vai reproduzir desníveis e buracos do piso sobre o qual foi instalado”, alerta Daniela. “O ideal é que ele seja aplicado sobre contrapiso desnivelado e bem seco”.
O PVC pode ser aplicado sobre pisos existentes, desde que estes recebam uma camada de argamassa ou similar para regularizar bem a superfície. “Quanto mais rústico o piso, mais difícil é a regularização e maior a chance de apresentar problemas”, afirma a arquiteta. “Se a cerâmica que serve de base não estiver bem aderida, é grande a chance do piso descolar junto com o piso original”.
Em geral, os fabricantes recomendam os seguintes passos para aplicação sobre o revestimento existente: limpeza cuidadosa do piso, a aplicação de um aditivo ou primer – que facilita a adesão da argamassa ao piso original -, e, por cima deste, uma argamassa nivelante, em várias demãos, até deixar a superfície lisa. Não é recomendável usar o PVC sobre madeira, que dilata e retrai muito com a umidade. “O piso laminado tem o mesmo problema, já que sua base é MDF ou MDP. O ideal é remover antes o piso de madeira ou laminado”.
Onde comprar?
É encontrado com certa facilidade, inclusive em home centers, como C&C – Casa e Construção, Leroy Merlin, Telhanorte, entre outros. Existem vinílicos autocolantes, que, em tese, podem ser aplicados pelo próprio comprador. “O ideal é consultar o fabricante ou colocador autorizado para que eles especifiquem a melhor forma de aplicação, cola específica e cuidados com o piso”.
Os preços das placas em geral começam em R$ 60 o metro quadrado para as de 2mm de espessura, R$ 100 para as de 3mm e até R$ 250 para as de 5mm, que são recomendadas para áreas de tráfego maior. O custo da mão de obra varia bastante, dependendo da quantidade e forma de aplicação.
Fonte: ZAP Imóveis