Por: *Rubens J. Reis Moscatelli
Como é sabido por todos, o condomínio, além de ser por definição, algo compartilhado entre mais de um proprietário, também pode ser entendido como o espaço físico no qual as pessoas interagem e cumprem suas funções e exercem umas sobre as outras os seus direitos e obrigações.
Nesse relacionamento social, muitas vezes forçado, já que não se escolhe quem teremos como vizinhos, a figura do síndico com seu papel conciliatório acaba por surgir.
Porém, nem todos os síndicos possuem um perfil conciliatório, haja vista que muitos consideram que são injustiçados pelas circunstância de que há mais obrigações para si do que aos demais integrantes do condomínio, sejam eles meros moradores, ou proprietários.
Acredito que a principal característica a ser observada na escolha do síndico é o poder de entendimento e de conciliação que seja por ele demonstrado. É obvio que outros fatores também devem integrar essa escolha, mas se o escolhido tiver essas virtudes o condomínio terá muito menos conflitos e, principalmente, menos prejuízos financeiros.
Quando se tem alguém à frente da gestão condominial que possui características conciliatórias, tal pessoa estará apta a enxergar com clareza os problemas de convivência no condomínio e, dessa forma, agir com assertividade para solucionar tais questões.
Contudo, em termos de melhor se comunicar e ser entendido, e não ser gerado conflito a partir do mau uso da forma de instruir os condôminos, há necessidade de saber se expressar e dar corretamente o recado.
Todo cuidado é pouco numa comunicação. Para ter uma boa e correta convivência, não pode ter julgamento feito a partir de percepções individuais, tendo como base fatores culturais, sentimentais, ideologias e pré-conceitos pessoais.
Quando não nos comunicamos de forma conveniente e de forma objetiva abrimos espaço para mais conflitos e insatisfação em nosso meio.
Fonte: Folha do Condominio