De acordo com o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as taxas de condomínio ficaram 6,85% mais caras na Região Metropolitana de Fortaleza nos últimos 12 meses. No Brasil, aponta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta acumulada no período é de 7,38%. O valor, muitas vezes, pesa no orçamento das famílias. Mas pode haver meios para barateá-la, com corte nos custos condominiais.
“Fatalmente, a taxa de condomínio recebe reajuste todo ano. Sempre tem aumento do número de funcionários ou de outros gastos”, explica a vice-presidente de Condomínios do Sindicato da Habitação do Ceará (Secovi-CE), Lilian Alves. Se isso levar a um desequilíbrio nas contas ou dificuldade de pagamento pelos moradores, ela explica, o síndico deve convocar a assembleia do condomínio e apresentar o problema aos moradores. Juntos, eles decidem se suportam o custo ou optam por cortes nas despesas.
Para reduzir os gastos, Lilian indica a aquisição da portaria virtual em prédios de pequeno porte. “A contratação desse serviço dá ao condomínio uma economia média de 40%”. Outras sugestões são a individualização da cobrança de água e gás, economia de energia através de sensores e, por meio de uma coleta seletiva, trocar os resíduos recicláveis por desconto na conta de luz.
Segundo o diretor do grupo RB – soluções em condomínios, Leonardo Barreira, evitar o reajuste do condomínio pode ser uma decisão perigosa, levando a dificuldades financeiras em decorrência da defasagem da taxa condominial. “A maioria dos custos aumentam em decorrência de fatores externos, ou seja, que não podem ser controlados pelo síndico ou moradores”, explica.
O diretor também conta que o crescimento da taxa de inadimplência é um fator determinante para o aumento da taxa de condominial, pois interfere diretamente na arrecadação e no orçamento do condomínio.
“Este é um problema que tinge praticamente todos os condomínios. Por isso, os síndicos podem contratar empresas especializadas em cobrança condominial, além da adoção de medidas como a inclusão dos inadimplentes no sistema de proteção ao crédito e protestos”. (Rafael Rocha, especial para O POVO)
Fonte: O Povo