Francisco Artur*
Síndicos devem combater inadimplência
Credibilidade, talento e transparência. Estas são algumas características que devem ser inerentes ao ofício do síndico ou gestor de condomínios residenciais e empresariais.
A prática dessas três habilidades, porém, depende da função do prédio, uma vez que há espaços administrados para servir aos moradores ou gerido com o objetivo de atender à demanda de clientes.
Quanto à promoção do bem-estar dos visitantes consumidores, a síndica profissional do Complexo Odonto-Médico Itaigara, Eunice Ribeiro, acredita que o gestor deve responder por todas as instâncias do condomínio.
Ela, que representa a empresa Ergus Serviços, listou três esferas do direito que estão ligadas à administração de prédios comerciais: “Civil, criminal, tributária, trabalhista e ambiental”. O êxito nessas funções, segundo Eunice, depende de uma boa equipe de assessores.
“Por isso a administração do Complexo Odonto-Médico Itaigara tem a contribuição das assessorias jurídica e de cobranças”, exemplificou Eunice sobre como funciona a gestão do empresarial.
Segurança é essencial
Quando a síndica aponta que o gestor deve responder pela área criminal, ela refere-se a episódios que envolvam processos nesta esfera contra o prédio.
No caso de condomínios comerciais, a preocupação com a segurança do espaço deve ser prioridade da administração. De acordo com o presidente do Sindicato de Habitação da Bahia (Secovi), Kelsor Fernandes, o fato de esse modelo de prédio acolher pessoas desconhecidas acarreta a maior probabilidade de acontecerem crimes diversos.
“Aprovo a ideia de implantar portarias com identificação dos visitantes. Com isso, o prédio registrará a foto e o número de documentos de todos”, comenta Kelsor.
Assim como a síndica Eunice Ribeiro, a segurança também é uma preocupação do administrador de prédios residenciais José Henrique Coelho. Representante da empresa Blic Condomínios, ele defende a harmonia entre a qualificação profissional dos funcionários e a eficiência técnica dos equipamentos de segurança.
“Não adianta que o prédio invista, somente, em câmeras de segurança, alarmes de socorro e outros equipamentos. É preciso qualificar a mão de obra, para que os funcionários operem esses mecanismos”, atesta o gestor.
José Henrique, da mesma forma que a administradora do Complexo Odonto-Médico Itaigara, reconhece a importância de contar com equipes de assessoria trabalhista, jurídica e econômica para qualificar a mão de obra e as finanças do condomínio residencial.
Saúde financeira
Problema recorrente nos dois modelos de condomínio, a inadimplência deve ser combatida pela administração do estabelecimento. Portanto, os prédios residenciais e comerciais, segundo o presidente do Secovi, devem preservar a saúde financeira.
Sobre essa questão, nos condomínios que abrigam residências, o administrador José Henrique afirma que deve ser realizado, primeiramente, um estudo para saber como está o caixa do condomínio.
“Com esse diagnóstico, identificaremos quantos moradores estão inadimplentes e sobre o custo e eficiência dos funcionários”, afirma.
*Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló
Fonte: http://atarde.uol.com.br