Tendência encontra um um nicho de atuação com grande potencial, que contribui para o desenvolvimento organizado das cidades do interior
A busca por mais qualidade de vida e segurança, sobretudo nos últimos anos, tem atraído cada vez mais pessoas para o interior em busca de um imóvel ideal, principalmente em cidades próximas aos grandes centros urbanos. De acordo com Vinícius Diniz, diretor e fundador da Urbaville Urbanismo, empresa especializada em loteamentos e bairros planejados, essa ‘fuga’ para cidades interioranas é uma tendência interessante. “Além de ser um nicho de atuação com grande potencial, que contribui para o desenvolvimento organizado das cidades do interior, é oportunidade para proprietários de terrenos, que podem vender ou fazer parcerias com loteadoras para a implantação desses empreendimentos”, ressalta.
Essa migração para cidades de médio porte fora da capital mineira tem sido um reflexo da atual dificuldade enfrentada com as discussões do novo Plano Diretor. “Algumas construtoras estão num processo gradativo de expansão geográfica, com a dificuldade de investir e implantar novos empreendimentos na capital. As cidades de médio porte ganham atenção, pela demanda e infraestrutura dessas localidades”, comenta André Sampaio, diretor da construtora Neocasa.
“Houve um aumento significativo na procura por empreendimentos com infraestrutura completa nas grandes cidades e principalmente no interior. Um movimento migratório de pessoas querendo mais qualidade de vida e sossego, mas sem abrir mão da comodidade e do conforto aos quais já estão acostumados. Empreendimentos que oferecem tudo isso e ainda um ‘algo a mais’, ou seja, algum diferencial que gere valor ao produto, estão na mira dos consumidores”, pondera Vinícius Diniz.
Apesar da crescente demanda por esses negócios, há um desafio grande para as construtoras. “Vem se tornando uma questão de sobrevivência para as construtoras buscar novos ares. Por três motivos: o preço dos terrenos subiu, a dificuldade de aprovar novos projetos, e uma mudança de comportamento do cliente. O mercado ainda se encontra num mercado muito recessivo. Porém, é um dos setores que têm mais capacidade de gerar renda e emprego. Mas, ainda sim, há demanda”, comenta André Sampaio.
Diniz ainda avalia que há espaço para investimento disponível. “Terrenos grandes, bem localizados, solos com potencial construtivo e com topografia favorável. Terras próximas à natureza, situadas em regiões com capacidade de expansão e melhoria da infraestrutura. Espaços ideais para construir empreendimentos completos, que mesclam segurança, bem-estar, natureza e conforto.”
NOVOS ARES
Os motivos para essa procura por casas no interior, segundo o diretor da Urbaville, são vários: qualidade de vida, bem-estar, longevidade. Os resquícios da calmaria são muito maiores, comparados aos grandes centros urbanos, e à proximidade e possibilidade de interação com a natureza. “Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, apontou que moradores de áreas verdes têm menos sinais de depressão e ansiedade. E que viver em uma área urbana com espaços verdes tem um impacto positivo no bem-estar mental dos habitantes de cidades.”
Porém, esse perfil de comprador quer ainda conforto e comodidade. Para Diniz, as necessidades e desejos que geralmente são atendidos por loteamentos planejados, abertos ou de acesso restrito, mas concebidos e executados com o objetivo de atender aos anseios do cliente atual.
Por isso, para quem pensa em investir em um terreno, é importante verificar se o empreendimento que a pessoa pretende usufruir atende às expectativas dela nos quesitos de segurança, infraestrutura e lazer. Observar ainda as características do terreno e a reputação da empresa responsável pelo empreendimento. Histórico de entregas, responsabilidade e respeito ao meio ambiente e à legislação.
Para Vinícius Diniz, é recomendado analisar a documentação do empreendimento. “Verificar se tem todas as licenças, se está devidamente aprovado e regularizado em todos os órgãos competentes. É importante observar a localização do terreno e o entorno dele. Se a região é desenvolvida, se está em expansão ou se é um espaço em potencial. No caso desse último, por exemplo, futuramente a valorização dele pode ser ainda maior”, analisa.
Fonte: Lugar Certo