Para administrar um condomínio é preciso, além de conhecimento diversificado, flexibilidade

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Síndico deve atender às demandas coletivas e saber conciliar quando houver conflitos de interesses

Ser síndico não é tão fácil como muitos pensam. Além de administrar o condomínio, muitas vezes tem que exercer o papel de conciliador e, às vezes, até o de psicólogo, se dedicando a ouvir os moradores e encontrar soluções que atendam a todos ou, pelo menos, à maioria. Suas atividades são delimitadas pela convenção, regimento interno e legislações. Além de gestores de propriedades mais complexas, a cada avanço do mercado imobiliário esses representantes dos moradores exercitam rotineiramente a democracia. Na realidade, o cargo essencial em todos os condomínios e a função de síndico requerem conhecimentos diversificados, além de muito jogo de cintura e organização, para administrar os interesses coletivos. Portanto, nada mais justo que um dia dedicado a eles. Assim, no próximo dia 30 é comemorado o Dia do Síndico.

É também papel do síndico prezar pela segurança e qualidade de vida dos moradores, realizar assembleias de condomínio, fazer cumprir a convenção e o regimento interno, cuidar da conservação do patrimônio, contratar prestadores de serviços para manutenção e reparos, manter as contas em dia, fiscalizar o pagamento das taxas condominiais e controlar a inadimplência, impor e cobrar multas e advertências, zelar pela prestação de contas, apresentando-as aos condôminos (anualmente, quando exigidas), garantir a contratação de seguro condominial, fiscalizar e coordenar os funcionários e cuidar da contabilidade e contribuições fiscais.

Jean Carvalho, gerente-geral de condomínios da Administração Predial e Negócios Imobiliários (Apsa), ressalta que a função do síndico se assemelha à de um governante. “É preciso conhecer a legislação, a máquina fiscal, mediar conflitos de interesse, zelar pelas contas e, acima de tudo, ser transparente”, afirma. Ele explica que, conforme o tamanho dos condomínios, cabe ao síndico também a oferta de serviços fundamentais, desde a administração de áreas comuns aos itens sob demanda dos moradores. “Mais do que a burocracia, o gestor precisa se concentrar no bem-estar coletivo”, diz o executivo.

MUDANÇA 

Ele esclarece que, para que essa mudança de paradigma ocorra, é recomendável que haja preparação teórica e prática, com cursos de aperfeiçoamento, como os oferecidos pela Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi). “Outra opção é a contratação de uma empresa de administração condominial para auxiliar na gestão ou até substituir o síndico. Outra possibilidade é a busca por síndicos profissionais externos. Os dois casos se tornam atrativos, geralmente, quando não há disponibilidade dos moradores para a função ou quando falta alguém com todos esses conhecimentos específicos. Também pesa na escolha o fato de o síndico ser o responsável legal pelo condomínio, respondendo por questões civis, tributárias, previdenciárias, trabalhistas e até criminais”, esclarece Jean.

Ele ressalta que o desafio, nesse caso, é selecionar uma administradora ou um síndico externo confiáveis. “O síndico precisa pesquisar a respeito das empresas, seus históricos e certificações, por exemplo. Já no quesito síndicos externos, há de se investigar o currículo de cada candidato. Uma forma de garantir a qualidade de seus serviços é contratar alguém com formação para síndico profissional, ou seja, um gestor de propriedades urbanas”, aconselha o gerente.

Fonte: Lugar Certo

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