Tamanho do ambiente, móveis da decoração e gosto dos moradores devem ser levados em conta no momento da escolha
Mudar a decoração dos cômodos da casa sem precisar passar por grandes e longas reformas ou gastar um valor exorbitante não é uma tarefa complicada. Felizmente, algumas medidas simples e baratas como mudar os móveis de lugar ou optar por um papel de parede para renovar o visual podem ser adotadas pelo consumidor.
O papel de parede , por exemplo, é uma alternativa de reforma que não vai fazer a bagunça de uma obra, além de ser fácil de limpar e ter longa durabilidade. Além disso, o mercado oferece diversos modelos com opções de cores, estampas e texturas para revestir as paredes e contribuir de forma positiva para a aparência dos ambientes.
Tanta variedade pode gerar dúvidas: onde colocar? Qual escolher? Como aplicar? A arquiteta Cristiane Schiavoni dá algumas dicas e inspirações para colocar papel de parede em três cômodos da casa.
1. Sala
De acordo com Cristiane Schiavoni, é preciso ter bastante critério para escolher um papel de parede e pensar na proporção do ambiente, mas nada é proibido. “O importante é que esteja adequado ao estilo de decoração da pessoa que mora na casa. Não precisa se prender aos paradigmas”, explica a arquiteta.
Em locais pequenos, estampas com listras verticais costumam ser adotadas para dar a impressão que o pé-direito (distância entre o piso e o teto) é mais alto. Já as listras horizontais trazem a sensação que o ambiente é mais largo. Os desenhos grandes podem ficar desproporcionais ao tamanho do local, por isso é necessário tomar cuidado.
Papel de Parede dos Anos 70
O papel de parede Lines tem linhas claras que criam uma estrutura organizada. As listras verticais dão a impressão de que o pé-direito é mais alto.
Papel de Parede dos Anos 70
O papel de parede Michabo é caracterizado pelo design retrô e traz a sensação de ambiente mais largo
Quando o assunto é a escolha da cor, Cristiane explica que todas são bem-vindas. Ao pensar em tons mais neutros, o cinza está em alta. “Ele pode ir para o lado do prata ou do bege. Se a ideia é ter um ambiente mais aconchegante, é importante evitar que ele puxe muito para o prateado. Assim, a pigmentação deve ser mais para o bege”, recomenda.
Papel de Parede dos Anos 70
O papel de parede Gekul possui um tom neutro que deixa o ambiente aconchegante
Apesar de ser possível ousar com o papel de parede na sala, com desenhos mais chamativos, como aves e folhagens, é preciso ter moderação para não deixar o cômodo sufocante e com o visual prejudicado.
2. Quarto infantil
No quarto infantil, o principal cuidado deve ser com as tonalidades escolhidas. “Parece bobo, mas dependendo da cor do papel de parede, você muda até a tonalidade da pele da criança. Uma cliente quis colocar um rosa forte, mas não percebeu que a filha estava pálida, porque o papel a deixava rosada, mas claro que iluminação e outros pontos influenciam”, conta Cristiane.
Outro ponto defendido pela arquiteta é evitar os exageros. Ela ainda recomenda deixar o estilo monocromático de lado porque “enjoa”. “É um local que a mãe passa muito tempo por conta da amamentação. Mesmo que seja um rosa claro, fica cansativo. Precisa ter toques de outras cores. As vibrantes não são proibidas, mas é preciso ter um critério”, aponta.
Papel de Parede dos Anos 70
O papel de parede Confetti exala confiança e não “enjoa”
Para quem não sabe em quais cores apostar, as mais suaves ajudam a errar menos. Não é novidade que as tonalidades transmitem sensações e, por isso, vale levar esse ponto em consideração. Os tons azulados são relaxantes. Por outro lado, vermelho e rosa podem deixar o pequeno mais elétrico – e, por isso, o importante é ter equilíbrio.
Papel de Parede dos Anos 70
O papel de parede Kati é inspirado nas ondas do mar e traz uma dose extra de serenidade
Quando a criança é maior, ela consegue ajudar na decisão, uma vez que já é possível conhecer sua personalidade e seus gostos. Como o papel de parede é fácil de aplicar, trocá-lo não é uma questão que traz grandes dificuldades. Assim, se o desenho escolhido logo “enjoar”, dá para escolher outro para substituí-lo.
Papel de Parede dos Anos 70
O papel de parede Kati é inspirado nas ondas do mar e traz uma dose extra de serenidade
3. Quarto do casal
Alinhar os gostos do casal é sempre um desafio, mas para definir qual papel de parede vai ser usado no cômodo é preciso achar os pontos que ambos tenham em comum. Para isso, vale analisar quais as opções disponíveis e quais estilos vão deixar o ambiente mais alegre e aconchegante.
Papel de Parede dos Anos 70
O papel de parede Walamie possui diferentes cores base, com efeito, mate
Cristiane explica que se o objetivo é trazer amplitude para o ambiente, a sugestão é adotar o papel em todas as paredes. Usá-lo somente na cabeceira, pode causar a sensação de que o cômodo é menor. “Outra possibilidade é colocá-lo no teto para deixar o lugar mais amplo”, destaca Cristiane.
Em relação às cores, é importante, assim como na sala, combinar com a personalidade dos moradores. “Vale todos os tipos de estampas. Pode ser um floral, um padrão geométrico, um liso que traga textura para a parede e até mesmo a cor preta”, garante Cristiane.
Papel de Parede dos Anos 70
O papel de parede geométrico Kamolee deve combinar com o estilo da mobília
Papel de Parede dos Anos 70
O papel de parede Isabelle tem efeito mate e alegra o ambiente
Dica de ouro!
Ao escolher o papel de parede, é importante ter cuidado com a mobília. Isso porque, dependendo da quantidade de móveis que o cômodo possuir, o desenho pode ficar prejudicado e, ainda, criar uma poluição visual em todo o ambiente. “Além disso, se o móvel é chamativo, escolha um papel mais neutro para não errar”, ensina a arquiteta.
Fonte: Delas – iG @ https://delas.ig.com.br/casa/2019-04-30/arquiteta-da-dicas-para-escolher-o-melhor-papel-de-parede-para-cada-comodo.html