Higienização ou relaxamento? Veja para que serve cada um deles
Lá fora a temperatura é baixa, e aqui dentro, após um longo dia de trabalho, você relaxa imerso em um ofurô com água quentinha a 36°C. Sentiu-se o protagonista rico de uma novela? Mas essa cena poderia acontecer na sua casa.
Antes de mais nada, vale explicar a diferença entre banheira e ofurô. O primeiro item é voltado à higiene corporal, por isso sua água é trocada a cada utilização. Já o segundo equipamento tem o objetivo de ser usado para o relaxamento, explicam as arquitetas Celina Galioto Furlan e Carla Todescato.
Ofurô significa banheira em japonês, mas nos rituais familiares do país asiático assumem uma função diferente da que o equipamento tem em nações ocidentais. São usados, lá, para banhos de imersão, em que o ocupante fica sentado e tem água até a altura do ombro, aproximadamente. Podem ser usados por mais de uma pessoa ao mesmo tempo e não têm a água trocada a cada uso, uma vez que o banho é tomado antes do rito de descanso.
Outra característica do ofurô é a temperatura da água, mais alta: em geral, entre 36°C e 40°C. A banheira, por outro lado, permite instalar acessórios como cromoterapia (luzes que mudam de cor) e hidromassagem. Banhos de espuma e de sais podem ser tomados em ambos os equipamentos.
Como escolher? “O primeiro passo é definir o objetivo do usuário: se for apenas para banhos relaxantes, o ofurô é ótimo; se o objetivo é também a higiene corporal, o indicado é a banheira”, resumem as profissionais.
A banheira deve, preferencialmente, ser instalada em um local distinto do chuveiro, mas caso o espaço seja restrito, pode-se usar as duas funcionalidades no mesmo local. Falando em ambientes compactos, as arquitetas pontuam que, atualmente, as fábricas já desenvolvem modelos um pouco menores.
O tamanho da banheira ou do ofurô vai depender primeiramente da área quadrada disponível – seja no banheiro, no loft, na sala de banho, na área fitness ou no dormitório, alguns dos locais que permitem a instalação do equipamento. É preciso levar em conta, por exemplo, que outras facilidades do ambiente tenham acesso livre. Assim, se há um vaso sanitário, é preciso deixar uma área de pelo menos 15 centímetros nas laterais e 40 centímetros na parte da frente até a banheira ou o ofurô. Além disso, o tamanho do “tonel” deve ser ergonômico, ou seja, ser capaz de comportar com conforto o corpo que será imerso nele.
Aprenda a comprar a banheira ideal
E é preciso levar em conta, ainda, o desejo do ocupante. “Há pessoas que têm muita área disponível mas querem um ofurô pequeno, enquanto outros clientes têm um local menor mas sonham com uma banheira grande”, exemplificam Celina e Carla. Para auxiliar no dimensionamento, unindo as necessidades do cliente e as possibilidades do ambiente, elas sugerem a consulta a um profissional.
Um especialista também vai ajudar o morador a escolher o material de confecção dos equipamentos. “As banheiras podem ser encontradas em fibra de vidro, acrílico, louça e Quarrycast [composto de rochas vulcânicas e resina], ou podem ser de alvenaria revestida com película emborrachada”, enumeram as arquitetas. Os ofurôs são, normalmente, feitos de madeira, mas também estão disponíveis em materiais sintéticos apropriados.
Segundo as profissionais, não existe uma regra para combinar o material com o estilo. “É possível ter um projeto moderno e combiná-lo com um ofurô de madeira”, ilustram. O necessário é relacionar o visual da banheira com o de outros elementos da decoração, como puxadores, registros e penduradores de toalha, por exemplo, além de revestimento da parede – azulejos dão ar mais clássico, enquanto porcelanato e granito conferem contemporaneidade – e acabamento imobiliário, entre outros. “Manter o equilíbrio entre os diferentes estilos é a chave para um bom efeito estético”, ressaltam.
Além disso, lembram Celina e Carla, a disponibilidade orçamentária do cliente também pesa nessa escolha, uma vez que os diferentes materiais têm preços distintos. Cromoterapia, hidromassagem e almofadas para a cabeça estão entre os itens que também agregam qualidade – e custo – ao projeto.
Falando em valores, elas aconselham que se pense na instalação da banheira ou do ofurô o mais cedo possível, pois é mais barato prever o equipamento no projeto da casa (antes de ela ser construída) do que reformar um cômodo para receber o tonel. Quanto à preparação, a área precisa ter, entre outros itens de estrutura, uma laje que suporte o peso concentrado (da água somado ao da pessoa dentro do ofurô ou da banheira) e encanamento de abastecimento e de escoamento da água, enumeram.
Em termos de manutenção, o ofurô pode ser limpo com uma esponja, “quando a superfície estiver escorregadia ou houver impurezas secas nela”. Quando é feito de madeira, é preciso, ainda, lixá-lo para remover “pêlos” microscópicos. A banheira é higienizada da mesma forma que outros utensílios do banheiro, com produtos neutros. “Para mantê-la espelhada, uma dica é passar cera liquida periodicamente”, sugerem.
Fonte: ZapImoveis