Convivência em Condomínios

Comentários ( 0 )

Sejam números mundiais e/ou locais, cada vez mais, temos a necessidade de vivermos juntos e em condomínios, especialmente, em torres, já chamadas de bairros verticais.

Já chamado de condomínio, o planeta Terra não para de receber novos inquilinos. Estimativas mundiais revelam que hoje somamos, em torno, de 7,3 bilhões de vizinhos e devemos chegar, aproximadamente, a 10 bilhões, em 2050. No Brasil, os dados do IBGE indicam que a população estimada é de 205.433.942, registro de fevereiro, de 2016. Deste total, por volta de 43 mil habitantes, moram no Estado de São Paulo, sendo 12 mil na cidade de São Paulo.

Sejam números mundiais e/ou locais, cada vez mais, temos a necessidade de vivermos juntos e em condomínios, especialmente, em torres, já chamadas de bairros verticais.

Neste modelo podemos ter, à disposição, salões de festa, espaço gourmet, ateliê, garage band, piscina, playground, jardins, trilhas, brinquedoteca, lanchonete, salões de beleza, lan house, quadras poliesportivas, dentre outras opções, que nos promovem uma vida mais fácil e prazerosa, seja em família e/ou com a comunidade local. Mas que sozinhos, provavelmente, seria mais difícil as conquistarmos.

Apesar de todas estas opções de lazer e bem-estar, especialmente, em apartamentos e/ou casas – mais perto ou mais longe dos vizinhos – sempre há um desafio comum: a convivência.

Na época em que nossos ancestrais, especialmente, avós e tios, moravam na mesma casa e/ou quintal, perto de nós, muitas vezes, na nossa rua, o modelo de educação, era o compartilhado. Muito diferente desta época, hoje, mesmo morando parede com parede, muitas vezes, mal sabemos quem é o nosso vizinho da frente ou do lado e muito menos de outros andares, prédios e/ou vizinhos de rua e bairro.

Nesta situação, acentuada pela necessidade de trabalharmos o dia inteiro, por conta da superação na carreira e aumento da renda, estudarmos à noite e só estarmos em casa, o dia todo, com a família, nos finais de semana.

Nos demais dias, muitas vezes, delegamos os cuidados mais rotineiros, mas não menos importantes, referentes aos nossos filhos, para babás, creches e/ou professores, que nos ajudam, muitas vezes, o dia todo. E para os que ficam, algum tempo, no condomínio, ganhamos reforços, muitas vezes, sem sabermos, dos vizinhos mais próximos, que mal conhecemos e até dos funcionários e dos síndicos (as), seja para tomarem cuidado ao sair do elevador, ao atravessarem as áreas que transitam carros, entre outros desafios.
Aproveite o hoje (Carpe Diem)

De uma forma ou de outra, o mais interessante é que estamos desenvolvendo um novo olhar para os aspectos da convivência, em coletividade.

Trata-se de um panorama positivo, que é o de nos voltarmos para parte do modelo que nossos pais mantinham, quando nascemos – para os que têm RG com data de 30 ou mais anos atrás – que era o do acolhimento por um ou mais integrantes da rede de relacionamento de nossos pais, fossem familiares, padrinhos e/ou vizinhos. Especialmente porque também tinham seus filhos, na mesma idade, e muitas vezes ficavam em casa e gostavam de promover o mesmo bem-estar para nós, como faziam para os seus filhos.

Lembro-me, muito bem, do quintal “enorme” da minha avó materna, que abrigava alguns de seus filhos, além de inquilinos e nos finais de semana, outros tios, vizinhos, padrinhos e conhecidos da também “larga e extensa rua”, muitas vezes, ao redor de fogueiras, falavam de nossas traquinagens da semana e de como nos salvavam dos imprevistos.

O mais interessante é que o aprendizado foi transferido para todas as áreas de nossas vidas. E sei que é possível ainda, hoje, desenvolvermos confiança e amizade, onde quer que estejamos, especialmente, no quintal de nossas casas.

Dicas de convivência(*):

- Aprecie e valorize os locais e os espaços disponíveis para você e seus filhos brincarem e usufruírem de seu condomínio. Eles foram projetados para que possa ter uma vida saudável, juntamente com seus familiares e amigos;

- Faça ao outro o que gostaria que fizesse para você mesmo. Em qualquer situação: lembre-se de fazer ao outro o que gostaria que fosse feito para você mesmo;

- Demonstre interesse pelo outro. Afinal, não existe ninguém igual a ele ou a você. Simplesmente porque somos seres únicos;

- Tente se colocar no lugar do outro, sempre;

- Não faça nada de cabeça quente. Primeiro pare e analise a situação. Dê um tempo para si mesmo;

- Gentileza gera gentileza.

(*) Segundo o Dicionário Aurélio: Convivência – substantivo feminino / vida comum / contato diário ou frequente.

Então que possamos nutri-la, em qualquer lugar. Especialmente, nas áreas comuns de nossas casas.

Fonte: Folha do Condominio

If you enjoyed this article, please consider sharing it!
Icon Icon Icon

Related Posts