Boleto bancário é seguro?

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Nos boletos, o número do banco deve ser igual aos três primeiros números do código digitável

Uma das formas de pagamento mais inteligentes, boletos bancários ainda são fraudados com frequência

Todos os meses diversas contas são pagas através de boletos bancários. Agora imagine realizar um pagamento, retirar o comprovante, e um tempo depois ser cobrado novamente pelo valor que já pagou. Em seguida, mostrar o boleto e o comprovante ao credor e ter a triste constatação de que o boleto foi adulterado, que o valor saiu da sua conta, mas não entrou para a conta do credor, ou seja, foi desviado para uma conta de terceiros.

Os títulos de cobrança ou boletos bancários podem ser pagos em qualquer instituição ou estabelecimento conveniado e são considerados uma das formas de pagamento mais utilizadas no Brasil. Mas, apesar de todas as precauções dos bancos, fraudes ocorrem com frequência no ambiente virtual onde um vírus altera a sequência numérica do boleto e insere os dados da conta do fraudador no lugar da conta do verdadeiro credor. “Normalmente, é feita a alteração dos códigos de barras e desviam o montante para a conta de terceiros sem causar qualquer desconfiança por parte dos caixas das agências. Os códigos de barras são adulterados no intuito de obrigar o caixa bancário a digitar os algarismos acima do código”, explica Rodrigo Pereira, gerente de gestão condominial.

Os boletos podem ser gerados por qualquer pessoa física ou jurídica para efetuar cobranças e para isso basta ter uma conta bancária e contratar uma carteira de cobrança junto ao banco. No entanto, esta facilidade tem contribuído para o aumento de casos de fraudes.

Na avaliação de Rodrigo a informação ainda é o meio mais eficaz para alertar condomínios e moradores. “A tecnologia é uma via de mão dupla e para ser eficaz é necessário ter algumas precauções, como por exemplo, manter o Windows, navegador e antivírus atualizados. Além disso, é possível encontrar vários fóruns com dicas úteis para identificar a fraude e não ser vítima do golpe. No entanto, também é através da tecnologia que os criminosos estão desafiando os bancos e fazendo novas vítimas” salienta o gerente.

Mas, e de quem é a responsabilidade pelos danos causados? Segundo Rodrigo, em caso de fraude, mesmo sendo causada por terceiros, as instituições financeiras têm a responsabilidade objetiva, independe da existência de culpa, uma vez que é sua responsabilidade a busca de mecanismos para evitar golpes dessa natureza. Sendo assim, se o condomínio foi lesado, o síndico deve procurar o banco para tentar resolver o problema.

Responsabilidades

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o setor investe cerca de R$ 20,6 bilhões por ano em tecnologia da informação, incluindo ferramentas destinadas a evitar tentativas de fraudes. Segundo a instituição, “fortalecer a segurança é uma das prioridades dos bancos, porque tanto as instituições financeiras quanto os consumidores são vítimas dessa situação”.

Para evitar as fraudes a Federação está desenvolvendo, em parceria com a rede bancária, uma nova plataforma de cobrança com o objetivo de aperfeiçoar o sistema atual com mecanismos de segurança, garantindo maior confiabilidade e comodidade aos usuários. A Nova Plataforma de Cobrança entrará em operação a partir de janeiro de 2017 e irá operar como um grande banco de dados com informações de todos os boletos registrados que foram emitidos. Com os boletos registrados, o banco tem previamente todas as informações relativas a uma determinada cobrança. Assim, quando alguém for efetuar o pagamento de um boleto, o sistema irá procurar na base de dados da Nova Plataforma as informações de cada boleto, como CNPJ da empresa emissora, data de vencimento, valor a ser pago, além do nome e número de CPF do pagador de determinada cobrança.

Dicas de segurança para boletos:

  • Conheça suas despesas e acompanhe o pagamento delas no extrato do seu banco;
  • Preste atenção no modelo do boleto enviado pelo emissor da cobrança, se for diferente, desconfie;
  • Boletos fraudados costumam apresentar falhas: erros de português, impressões de má qualidade, papel diferente e ainda logomarca distorcida;
  • Ao receber um boleto, sempre confira os dados do beneficiário como nome da empresa emissora do boleto, agência e banco;
  • Ao gerar um boleto pela internet opte, sempre que possível, por boletos no formato “PDF imagem”, eles são mais seguros contra vírus;
  • Os três primeiros dígitos do código de barras sempre indicam o banco emissor do boleto. Ao emitir a 2ª via, certifique-se que o código do banco é o mesmo da via original. Se for diferente, não utilize esse boleto para pagamento.
  • Mantenha seu antivírus sempre atualizado. Ele garante a proteção do seu computador contra vírus que podem modificar boletos, detectando-o no ato da infecção e impedindo-o de agir.

Fonte: Febraban

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