O País vive uma epidemia da doença e SP é recordista em mortes. O que está sendo feito como prevenção onde você mora?
Segundo dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde até o início de maio eram 745,9 mil os casos de pessoas infectadas pelo Aedes Aegypti, o equivalente a 367,8 registros por 100 mil habitantes. Esses números mostram que vivemos uma verdadeira epidemia, onde o Estado de São Paulo é o recordista de mortes: 169, até 18 de abril.
Todos nós precisamos, portanto, estar engajados na luta contra a dengue. Para evitar que seu condomínio se torne um ponto de procriação do mosquito, algumas atitudes são indispensáveis.
O primeiro passo é alertar os moradores frequentemente sobre a necessidade de prevenção. A médica infectologista do Hospital e Maternidade São Cristovão, Andreia Maruzo Perejão, explica que o mosquito é infectado após picar uma pessoa doente e, a partir daí, ele pica uma pessoa sadia e transmite a doença.
Como o número de casos vem aumentando e é cada vez mais comum conhecermos alguém que já tenha sido contaminado, não é difícil imaginar que é preciso intensificar os cuidados.
O que fazer nessa guerra – Para o diretor de condomínios Luis Moretto, o ponto inicial de combate deve vir dos próprios moradores e funcionários.
“É preciso manter um policiamento das áreas internas e externas do condomínio para serem eliminados possíveis focos de criadouros.” Moretto também alerta que os moradores devem manter a disciplina de vistoria dentro de suas unidades.
No condomínio, o síndico pode ser o responsável pelo incentivo ao combate. “Vale tomar atitudes práticas e objetivas, como distribuir comunicados, impressos e informações midiáticas, as quais são constantes no dia a dia de cada um de nós.”
Com a crise na distribuição de água, os cuidados também devem se estender aos reservatórios de águas da chuva.
“Os reservatórios devem estar absolutamente vedados, limpos e periodicamente examinados para serem detectadas quaisquer possibilidades de contaminação. A escassez de água tem feito com que muitos condomínios deixem o uso das piscinas em segundo plano. Para evitar que elas se tornam um ponto de criação, a limpeza não pode ser deixada de lado e vale investir em lonas protetoras, que servem tanto para evitar acidentes como uma proteção para entrada de objetos e mosquitos”, explica Moretto.
Evitando o pior
- Apesar das informações sobre a dengue estarem disponíveis o tempo todo na imprensa, o síndico deve levar o assunto para o dia a dia do condomínio, distribuindo comunicados ou fixando-os em pontos de maior movimento
- É preciso que moradores e funcionários estejam sempre em alerta quanto a possíveis pontos de proliferação dos mosquitos, ou seja, vasos com água parada, reservatórios de água, piscina sem lona e sem manutenção, entre outros
- O uso de repelentes e telas de proteção nas janelas pode ajudar a diminuir os riscos também, por isso deve ser estimulado