Quadro de funcionários na medida certa

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Para compor o quadro de funcionários é necessário levar em conta o número de unidades, a oferta de áreas comuns, localização e finalidade do imóvel

Quantos funcionários são necessários para manter o condomínio funcionando? A pergunta tem sido feita por muitos síndicos diante da atual complexidade dos empreendimentos. E não é para menos.

Os residenciais estão cada vez maiores, com inúmeros blocos e diferentes áreas de uso comum aos moradores. Um bom exemplo é o da síndica Daiana Ilha Gomes. Responsável pelo Condomínio Porto Caravelas, em Canasvieiras, Florianópolis, ela administra uma pequena cidade: ao todo são 18 blocos, 396 unidades, dois salões de festas, academia, brinquedoteca, sala de jogos, sala de cinema, dois quiosques e piscina.

“Até o mês de agosto – quando ainda eram 11 blocos – tínhamos duas faxineiras e um zelador. Como em setembro entregaram os sete blocos que faltavam, solicitei uma avaliação na administradora e foi aprovada a contratação de mais uma faxineira e um auxiliar de serviços gerais (ASG) para ajudar o zelador”, diz Daiana, afirmando que a jornada de trabalho envolve oito horas de segunda a sexta-feira e quatro horas aos sábados.

Mesmo assim, ela ainda considera um número insuficiente para atender à demanda, ou seja, três faxineiras, um ASG e um zelador. “A nossa sorte é que os funcionários são dedicados e deixam tudo sempre limpo. Mas, o ideal seria mais um servente. Como o nosso condomínio fica na praia, talvez se contratassem um funcionário em horário intercalado e que ficasse até as 20h, por exemplo, seria uma boa solução”, propõe Daiana.

Para o administrador Dionatan Breskowisk a média para cada funcionário que trabalha diretamente com a limpeza deve ser de cinco blocos, com 16 apartamentos cada. “Acima disso, não vai ter qualidade”, diz, ao lembrar que uma vez na semana deve ser feita uma limpeza geral para não acumular sujeira. “O restante do período, o funcionário vai varrer e passar o pano”, destaca. Do contrário, aponta Dionatan, que já foi síndico e hoje mantém uma administradora de condomínios, o funcionário vai trabalhar desmotivado e o rendimento começará a cair.

“A experiência nos mostra ainda que a terceirização é um bom caminho. Nunca indicamos a contratação de pessoas residentes no condomínio, por entender que, judicialmente, pode caracterizar vínculo empregatício”, aponta. A síndica Daiana Ilha Gomes comunga a mesma opinião: que o funcionário terceirizado tem mais vantagem, principalmente pelo rápido atendimento da empresa quando há alguma ocorrência no condomínio.

A administradora do condomínio Residencial Baía do Sol, no bairro Agronômica, em Florianópolis, Verônica Drapischinki, também defende o cálculo feito por Dionatan: de quatro a cinco blocos para cada funcionário, totalizando cerca de 90 unidades. Ao todo, no Baía do Sol, são 192 unidades, divididas em oito blocos, de quatro andares cada, perfazendo 24 unidades por bloco. “Temos duas funcionárias para limpeza, que se revezam para cuidar do salão de festas, um zelador e um terceirizado para limpar a piscina e o jardim.

Para não sobrecarregar ninguém, trabalhamos com um esquema de limpeza: um dia varrem os blocos, e no outro, passam pano. E, em datas especiais como o Natal, promovemos uma grande faxina e contratamos mais duas serventes terceirizadas”, explica Verônica.

Dicas

*A configuração do quadro de profissionais que serão responsáveis pela gestão da segurança e conservação do condomínio é pautada em quatro vigilantes/porteiros (posto 24hs de vigilância/portaria), um zelador 44hs semanais, e de acordo com a quantidade de apartamentos/blocos/áreas comuns recomenda-se uma servente 44hs semanais por bloco.

*A média é de dois profissionais por condomínio, geralmente em empreendimentos que não possuem vigilância, apenas conservação e limpeza. Já em condomínios que optam por ter vigilância, a média sobe para seis profissionais.

*Em condomínios clube devido ao porte e à grande quantidade de condôminos, áreas comuns e visitantes, torna-se necessária uma servente focada apenas nas áreas de uso comum, bem como o apoio de um auxiliar de serviços gerais junto ao zelador para o manuseio e tratamento do lixo, o qual é gerado em grande quantidade.

*Para definir o número suficiente de funcionários é necessário realizar um levantamento técnico sob medida para o condomínio (algumas empresas entregam sem custo), devido à alta representatividade do orçamento de pessoal nos condomínios. Na parte de conservação são observados a metragem quadrada que deverá ser conservada, os espaços que compõem o empreendimento, as áreas de grande circulação que deverão ter dedicação exclusiva do profissional, entre outros itens de verificação.

*Quanto à segurança do empreendimento são observados o número total de habitantes, a vulnerabilidade da região e a finalidade do condomínio, ser residencial, comercial ou misto. Definido o efetivo ideal, esse escopo deve ser compatível com o orçamento financeiro do condomínio.

Fonte: CondomínioSC

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