Além de buscar redução da taxa condominial, síndicos profissionais cuidam da valorização do imóvel
Quem mora em condomínio sabe o quanto é importante ter um síndico comprometido e preparado para exercer o cargo. Conhecer a legislação, ter jogo de cintura para lidar com os imprevistos e fazer valer as normas para todos os moradores são alguns dos desafios a serem superados por quem é responsável pela gestão de um condomínio. Tudo isso sem falar na administração dos funcionários e da cota condominial. Por conta das dificuldades, o cargo nem sempre é almejado pelos proprietários dos imóveis, e uma das saídas encontradas para a questão é a contratação de um síndico profissional.
Formado em contabilidade e trabalhando como síndico profissional há cerca de dois anos, Ronaldo Zandomenighi afirma que descobriu a área por acaso. “O prédio em que moro estava passando por uma situação difícil, a síndica foi destituída e ninguém queria assumir o cargo. Fui eleito e comecei a me aprofundar no assunto, foi quando descobri o curso de síndico profissional”, comenta. O conhecimento que ele tinha na área contábil e bancária foi aplicado em sua administração e permitiu o contorno de conflitos, de problemas de desvalorização do imóvel e a redução da taxa de condomínio entre 25% e 30%.
Ronaldo deixou de lado sua atividade profissional anterior e, atualmente, trabalha exclusivamente como síndico profissional, auxiliando na administração de cinco condomínios. “Hoje os condomínios são como uma empresa alguns têm orçamento de mais de um milhão por ano e devem ser bem administrados”, defende. Por conta da expansão imobiliária pela qual Londrina passou nos últimos anos, a demanda por síndicos profissionais é grande.
Segundo ele, muitos condomínios sentem a necessidade de um profissional capacitado para exercer o cargo, uma vez que o síndico é responsável por cuidar do patrimônio dos moradores. “Quem exerce esta função deve fazer mais do que fiscalizar, é responsabilidade desse profissional reduzir o custo e fazer com que o bem seja valorizado”, ressalta. Ronaldo acrescenta que quanto mais transparente for a gestão do condomínio, melhor para o síndico e também para os moradores.
Uma das características desse administrador é a imparcialidade, justamente por não morar no local e não ter vínculo com os demais condôminos. “O síndico morador pode se sentir constrangido por fazer cumprir o regimento interno, nesse ponto o relacionamento com os vizinhos se desgasta e pode envolver até questões familiares. Já o síndico profissional está ali para fazer com que todos sigam as normas pré-determinadas”, destaca. Apesar do síndico profissional não morar no condomínio, Ronaldo afirma que, na maior parte das vezes, cuida da administração com o apoio de um vice-síndico e um conselho fiscal formado por moradores do empreendimento.